A Páscoa: do Êxodo à Consumação em Cristo
- A Mensagem
- há 5 dias
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Introdução
A Páscoa é uma das festas mais antigas da revelação bíblica. Instituída em Êxodo 12 como memorial da libertação de Israel da escravidão egípcia, ela alcança seu pleno significado na morte e ressurreição de Jesus. O profeta William Marrion Branham, em diversos sermões de Páscoa, insiste que a finalidade última da festa é conduzir cada crente ao “selo pascal” — o batismo do Espírito Santo que vivifica para uma nova vida.
1. A primeira Páscoa: sangue e libertação
• Contexto bíblico – Na noite em que o anjo destruidor passou pelo Egito (Êx 12), o cordeiro imolado e o sangue nos umbrais protegeram os israelitas. A ordem “quando eu vir o sangue, passarei por cima” (Êx 12.13) originou o termo hebraico pesaḥ — “passar por cima”.
• Dimensão tipológica – Paulo liga o episódio diretamente a Cristo: “Porque Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós” (1 Co 5.7). A libertação do Egito prefigura a libertação do pecado e da morte.
2. O Cordeiro no Calvário
Nos Evangelhos, Jesus celebra a ceia pascal na quinta‑feira à noite e, no dia seguinte, morre “à hora nona” (Mc 15.34), quando os cordeiros eram sacrificados no templo. João enfatiza que nenhum dos seus ossos foi quebrado (Jo 19.36; cf. Êx 12.46). Assim, todos os símbolos do Antigo Testamento convergem no Crucificado Cristo.
3. A manhã de Ressurreição
O profeta William Branham chama a atenção para o detalhe de Marcos 16.2: “muito cedo, ao nascer do sol, foram ao sepulcro”. Para ele, o mesmo Deus que, na criação, disse “haja luz” reviveu o “grão de trigo” sepultado (Jo 12.24), inaugurando uma nova criação:
“Quando Ele provou, na Páscoa, que podia vencer a morte, o inferno e a sepultura, declarou: ‘Eu sou Aquele que esteve morto e estou vivo para todo o sempre’.” — O Selo da Páscoa, 10 de abril de 1965, § 35
Essa vitória objetiva torna‑se subjetiva quando o mesmo Espírito que levantou Jesus habita no crente (Rm 8.11).
4. O “Selo Pascal”: a ênfase dos sermões do profeta William Branham
4.1 O Verdadeiro Selo da Páscoa, 2 de abril de 1961, § 116
“O verdadeiro selo de Páscoa é o Espírito Santo no coração humano… o Espírito que ressuscitou Jesus habita em vós e vivificará o vosso corpo mortal.”
4.2 Jesus Cristo, O Mesmo Ontem, Hoje E Para Sempre, 04 de junho de 1963, §§ 84-86
Todas as religiões têm os túmulos de seus fundadores. Só nós temos o túmulo vazio; isso é a prova de que Ele é Deus dos vivos e ressuscita os mortos.
“Lemos em São João, e vamos apenas seguir calmamente pelos próximos dez ou quinze minutos e ver se Ele aparecerá e provará que é Deus, ver, ver se Ele ainda está vivo. Nós acreditamos que Ele não está morto. Isso é uma coisa certa... Eu sou um missionário. Preguei em quase todas as nações sob o céu, sete vezes ao redor do mundo. E eu vi todos os tipos de religiões, estive diante de feiticeiros e de todo culto, acredito, que existe, pelo que eu saiba. E ainda assim, cada um deles – Buda, Maomé, Sikhs, Jains, seja qual for – todos têm um fundador, e todo fundador está morto. Eles podem marcar seu túmulo, e lá ele está. Lá estão seus ossos. Mas no Cristianismo, existe um túmulo vazio. Ele vive. E o mais incrível é que Ele prova que está vivo. Ele, Ele está aqui agora. Entende? Agora, essa é a base em que um cristão pode repousar, saber que todos os outros túmulos estão cheios. Mas Este, há um túmulo vazio. “Ele não está ali, mas Ele ressuscitou. E vamos contar aos irmãos essas boas novas.” E Ele está aqui, o mesmo ontem, hoje e para sempre.
4.3 É O Nascer do Sol, 18 de abril de 1965, §§ 65-75
Agora, a essência da Mensagem enviada, "Ele ressuscitou dos mortos", é que nós, Seus beneficiários, que compartilhamos da ressurreição com Ele, obtemos benefícios ao provar ao mundo que Ele está vivo. Não podemos fazer isso apenas por palavras. Não podemos fazer isso por alguma tradição humana. Apenas refletimos exatamente aquilo que apontamos.Tenho receio de que hoje muitos de nós não estamos levando as pessoas a Cristo. Estamos levando-as a uma igreja, a uma teoria. Mas precisamos levá-las a Cristo. Ele é o único, e o único que tem a Vida. "Aquele que tem o Filho tem a Vida."E se a vida de um homem que morreu for projetada em você, você viverá a mesma vida que ele viveu.Se o sangue de um homem for de um certo tipo, e você pegar o sangue de um homem e mudar para outro, ele absolutamente será desse tipo de sangue.E se o espírito que está em você for considerado morto, e você for ungido com a Vida que estava em Cristo sobre você! Romanos 8:11 diz: "Se o Espírito que ressuscitou Cristo dos mortos habitar em vós, Ele também vivificará vosso corpo mortal," essa mesma Vida, esses mesmos poderes, esses mesmos benefícios, que Ele tinha aqui na terra, de Deus. Ele te redimiu, uma Semente que foi previamente conhecida por Deus, cujos nomes foram escritos no Livro da Vida do Cordeiro antes da fundação do mundo.E aquela Luz do Evangelho da ressurreição, a confirmação da Palavra! Como sabíamos que Ele era o Cristo? Porque Ele provou o que Ele falou. Como saberei a Mensagem da hora? Deus prova o que Ele prometeu, e Ele fala sobre isso. Essa é a identificação de que somos beneficiários com Ele na ressurreição. Ele prova o que Ele falou.O que Ele prometeu fazer em Cristo, Ele provou na ressurreição. O que Ele prometeu fazer nos dias de Moisés, Ele provou. O que Ele prometeu nos dias de Enoque, Ele provou. Em todos os dias dos apóstolos, Ele provou.Agora, neste dia, Ele prova o que Ele disse, porque eles são parte dessa Semente que foi representada no Livro da Vida que Ele veio redimir de volta a Deus novamente. Oh, que Mensagem!Na manhã da Páscoa, Ele não apenas ressuscitou, mas Seus beneficiários ressuscitaram com Ele. Eles estavam em Cristo na Sua crucificação. Eles estavam Nele na Sua ressurreição. Nós somos Seus beneficiários, vivificados depois de estarmos mortos em trevas.O mundo escuro da incredulidade, onde igrejas e denominações nos retiraram. E há algo em nós clamando: "Oh, queremos Deus! Estamos famintos e sedentos por Deus." Nós nos juntamos aos metodistas, batistas, pentecostais, presbiterianos e outros, e ainda havia algo errado, simplesmente não conseguíamos encontrar isso ainda. E de repente, enquanto estávamos tateando na escuridão, a grande ressurreição veio até nós na manifestação da Palavra prometida de Deus.Assim como Ele foi a manifestação da Palavra prometida de Deus. "Não deixarei sua alma no inferno, nem permitirei que meu Santo veja corrupção." Ele manifestou isso, cada Palavra de Deus que foi prometida a Ele. Ele provou isso quando ressuscitou na manhã da Páscoa.

5. Consumação escatológica
A festa ainda aponta para o futuro: “Cristo ressuscitou — primícias dos que dormem” (1 Co 15.20). Como primícias, Ele garante a colheita completa na ressurreição final (1 Co 15.52). O profeta William Branham lembra:
“Ele quebrou o selo da morte, do inferno e da sepultura — e abriu o selo da Árvore da Vida, batizando‑nos com Seu Espírito.” — O Verdadeiro Selo da Páscoa, 02 de abril de 1961, § 382
6. Aplicações práticas para o leitor
1. Anunciar – A Páscoa nos comissiona a proclamar: “Ele vive!” (Mt 28.7).
2. Participar – O selo pascal não é opcional; é promessa para “todo aquele que crê” (At 2.39).
3. Viver em santidade – Tal como Israel removeu o fermento, somos chamados a remover “o fermento da maldade” (1 Co 5.8).
4. Esperar – A ressurreição de Jesus garante nossa esperança diante da morte (1 Pe 1.3).
Conclusão
Desde o cordeiro no Egito até o Cordeiro no Calvário, a Páscoa revela um Deus que passa por cima do juízo onde vê o sangue e ergue do pó quem recebe o Espírito. Como sintetiza o profeta William Branham:
“Ele quebrou o selo da morte, do inferno e da sepultura — e abriu o selo da Árvore da Vida, batizando‑nos com Seu Espírito.” — O Verdadeiro Selo da Páscoa, 02 de abril de 1961, § 382
Celebremos, portanto, não apenas um evento histórico, mas uma realidade presente: Cristo ressuscitou e vive em nós!
Com Amor e Respeito,
Ir. Hércules de Oliveira.
19/04/2025, Alvorada/RS
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